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Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill em Três Mulheres Altas

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Pela primeira vez em Vitória, o espetáculo terá apresentações gratuitas nos dias 29 e 30 de abril no Sesc Glória, em Vitória. O espetáculo faz parte da 2ª Edição do Programa “Diversão e Arte ArcelorMittal”. É apresentado e patrocinado pela ArcelorMittal, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

A entrada é gratuita, mediante a doação de 1kg de alimento não perecível. Escrita por Edward Albee (1928-2016) no início da década de 90, ‘Três Mulheres Altas’ logo se tornou um clássico da dramaturgia contemporânea. Perversamente engraçada – como é a marca do autor –, a peça recebeu o Prêmio Pulitzer e ganhou bem-sucedidas montagens pelo mundo, ao trazer o embate de três mulheres em diferentes fases da vida: juventude, maturidade e velhice.

A peça que fez temporadas lotadas no Rio de Janeiro e São Paulo e foi vista por mais de 25 mil pessoas, e está em uma pequena turnê que já passou por Belo Horizonte, Porto Alegre, Campinas e Joinville, atingindo mais de 8 mil pessoas.

O espetáculo é estrelado por Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill, tem direção de Fernando Philbert, tradução de Gustavo Pinheiro e realização da WB Produções, de Bruna Dornellas e Wesley Telles.

Em cena, as atrizes interpretam três mulheres, batizadas pelo autor apenas pelas letras A, B e C. A mais velha (Suely Franco), que já passou dos 90, está doente e embaralha memórias e acontecimentos, enquanto repassa a sua vida para a personagem B (Deborah Evelyn), apresentada como uma espécie de cuidadora ou dama de companhia. A mais jovem, C (Nathalia Dill), é uma advogada responsável por administrar os bens e recursos da idosa, que não consegue mais lidar com as questões financeiras e burocráticas.

Entre os muitos embates travados pelas três, a grande protagonista do espetáculo é a passagem do tempo e também a forma com que lidamos com o envelhecimento. ‘O texto do Albee nos faz refletir sobre ‘qual é a melhor fase da vida?’, além de questões sobre o olhar da juventude para a velhice, sobre a pessoa de 50 anos que também já acha que sabe tudo e, fundamentalmente, sobre o que nós fazemos com o tempo que nos resta. Apesar dos temas profundos, a peça é uma comédia em que rimos de nós mesmos’, analisa o diretor Fernando Philbert.

A última e até então única encenação do texto no Brasil foi logo após a estreia em Nova York, em 1994. Philbert e as atrizes da atual montagem acreditam que a nova versão traz uma visão atualizada com todas as mudanças comportamentais e políticas que aconteceram no mundo de lá para cá, especialmente nas questões femininas, presentes durante os dois atos da peça. Sexo, casamento, desejo, pressões e machismo são temas que aparecem nos diálogos e comprovam a extrema atualidade do texto de Albee, o que rendeu a indicação no prêmio Cesgranrio de melhor atriz para Deborah Evelyn.

Nos anos 90, ‘Três Mulheres Altas’ marca seu retorno ao centro das atenções do cenário teatral nesta que é talvez a mais pessoal e autobiográfica de suas peças.

 

Três Mulheres Altas, de Edward Albee
Com Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill.
Direção de Fernando Philbert
Dias: 29 e 30 de Abril
Sábado às 20h e domingo às 17h
Local: SESC Glória
ENDEREÇO: Av. Jerônimo Monteiro, 428, Centro, Vitória.

  

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Claudia Louzada

Jornalista, formada em Administração e pós-graduada em Gerência de Empresas. Na França cursou Moda pela Esmod Bordeaux e História da Arte e Civilização Francesa na Sorbonne. Agora estará com vocês trazendo o lifestyle do Espírito Santo, do Brasil e do mundo.

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